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Cerebral - Live
04:32
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Atravessando aquela esquina em plena e pura distração
Na contramão do outro caminho eu via tudo, menos chão
Dei meia volta em meia-lua e vi a luz do que restou
Dando rasteira em minhas costas e carinho em minha dor
Então virei para o outro lado e vi a curva cerebral
Sorri de noite, mas a noite não sorria, não faz mal
Portanto andei portando o medo e meio que o medo ficou
Ficou tragando o sentimento e maltratando quem eu sou
Então eu perguntei:
Quem quebrou meus sonhos?
E o medo respondeu:
Eu quebrei teus olhos
E o sonho virou ilusão sincera
E todo o medo virou alegria incerta
E toda convulsão liberta
Convicção daquela
Conclusão que é certa
Confusão que vai chegar
Eu vomitei a minha tripa e o motorista não parou
Atravessei por outra pista e a paranoia atropelou
Atrapalhou a porra toda, parecia que emperrou
A minha cara ficou presa na ferragem do motor
E a boca foi cair na consolação
Deixando o coração lá na aclimação
Eu caminhei por toda estrada, labirinto cerebral
E toda rua da cidade me levava pro final
Mas o final era mais triste do que parecia ser
Enquanto o meio do caminho me botava pra correr
E eu corri por todo lado, eu corri até passar mal
Num morro lá do Pery Alto eu só corri em abissal
E quanto mais eu caminhei comia tudo pelo chão
Comi meu medo, minha morte e minha auto-afirmação
E todo sonho virou ilusão sincera
E todo o medo virou alegria esperta
E toda convulsão liberta
Convicção daquela
Conclusão que é certa
Confusão que vai nos controlar
Eu caminhei no nada
De um começo em cima
De um final que eu queria ver
O que será que será Cerebral?
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2. |
Fim do Caminho - Live
02:51
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O fim do caminho é toda viagem
Passando por cima de peste e barragem
Cruzando o silêncio, virando a miragem
Seguindo no gesto é só continuar
Pelos espetos no chão
Pelos espectros na margem da intuição
Sobre os aspectos da programação
Onde o falso ressoa
E a cabeça se perde atoa
Onde todo silêncio ecoa
Onde um anjo-cachorro checou a masmorra
E em sua entrada dizia “Não Corra”
Mas quem sabe as vezes correr não traz mais
Que uma caminhada travada, pra trás
É a língua no cancro
É a fruta na feira
Uma expectativa que as vezes não chega
Uma tentativa de sorte na mesa
Uma experiência contradiz a certeza
Um expectorante pro peito vazio
Um lago de seda sedado
Um bugio
Que grita a quilômetros para dizer:
“Siga logo adiante para então perceber
Que o fim do caminho não é pra se ver
Mas segue a todo momento ao seu lado, em você”
E quanto mais seguir ao final
Chegando na sombra do samba fatal
Siga seguindo a sentença a seguir
E se perca no caos
Pois as vezes é bom se perder
Mas cuidado!
Só não vá se esquecer de você…
De você…
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3. |
Se Pá... - Live
02:50
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Quem é que me garante que não passa de ilusão?
Que os telefones-celulares sempre funcionarão?
Se pá vai ser, se pá já foi, e deixa a vida pra depois
Quem é que vai ouvir o som sujo da explosão
E com a pele imunda e morta usar a droga da razão?
Se pá na loucura eu me me curo enfim
Da prece cantada do ódio
Do amor sem taxa de código
Que se pá já morreu
E que não viveu, se fodeu.
E quem for correr… leva choque, leva choque
E hoje todo amanhã morrerá antes das três
E quem se atrasar leva tiro na cara
Paranauê para lavar a alma (tic-tac, tic-tac, tic-tac)
E o trem pra Jaçanã sairá do fim do mundo outra vez
Outra vez…
Se pá na loucura eu me me curo enfim
De cada cabeça de vento
Cabelo mofado no tempo
E qualquer notícia de um final
Vai ser embalada no vácuo
Da cruz enfiada no saco
De cimento da cegueira
De um telejornal
E o céu sujo de cinza é o colapso da ilusão
Coração de fio-de-cobre, pobre conexão
E quem é que irá falar por nós?
Se a verdade já não tem mais nem um pingo de dó.
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4. |
Porra - Live
03:48
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Meu rapaz, que porra traz?
Que mal tu faz sem ver a mais?
Que porra faz á quem não sabe
Quando é noite, quando é tarde,
Quando chega o covarde?
Porque a vida tudo leva
A morte é fria, só na espera
Dessa porra pra acabar
Mas que porra vai restar?
Sem ter a nada
Na cidade que acautela com a tal de febre amarela
Que não cansa de matar
Em caso de corte nos lares
Caminhe na tragédia e se mova aos pares
Todos em seus lugares
Tudo nas suas mãos
Então prossiga meu irmão
Pois porra nenhuma vai mudar
Mas que porra eu vou contar em minha chegada
Em porra de lugar nenhum?
No Cemitério do Araçá
Que é o meu lugar...
Aperte o cinto da esperança
Alimente a sua pança emparelhada com uma história de ninar
Em outra vida, outro clique
Encarando a tela fria
Embalado na retina
Emparalhando na Paulista
Encalhado na piscina de um chão chique
Encaralhado na farinha
Em outra porra de dia a demorar
Em volta da lua sangrenta
Ninguém mais lamenta a chuva de urubu
Então vai tomar no cu
Mas cuidado, rapaz
Dinheiro cagado fede demais
A ponto de ser amado
Por todo aquele vê asfaltado
Seu cérebro podre, acabado
Acabou-se o medo da grande revolta popular
Da população enrabada
Enrosco na cabeça de quem tem em si mesmo o Caos
E também não entende mais nada
Mas que porra engraçada
A minha geração que se sente culpada
Pela porra do lugar
Que já existe a muito tempo
Antes mesmo da estação da Luz
E o viaduto do chá
Mas mesmo assim nasça, cresça, ande e apareça
Sua palavra vale um tiro, vê se acerta na cabeça
Encontre a sua história lá parada na memória
E veja glória que era sonhar e perceba
Que a vida não é moleza
Vai roubar tua mesa
Vai manter sua pobreza
Vai nutrir tua tristeza
A não ser que caminhe com os olhos em pé
Mas não mantenha sua fé se ela engole toda sua sanidade e gira em torno da maldade
Bem lhe quer, mal lhe quer na colher
Bem lhe quer, mal lhe quer na colher
Mas que porra é essa rapaz Mas que porra é essa?
Bem lhe quer, mal lhe quer, bem lhe quer, mal lhe quer…
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5. |
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Hoje chove em Pirituba
Não há mais nada a se dizer
Não há nada que o vento mais pingue no chão
E nem motivo pra ser
Nem que o sangue suje o portão...
Nem que o vidro de cada janela me quebre na cara para refletir
Nem que tudo pare de existir..
E se o trem bater na minha porta
Ainda há de continuar a chover
Hoje chove em Pirituba
E só da merda na TV
Hoje morre em Pirituba
E quando vive é pra fude
Hoje corre em Pirituba
E toda zica é pra morrer
Hoje chove em Pirituba.
Choveu ontem, chove hoje
Se molhou não deu pra ver
Morreu ontem, morreu hoje
Se viveu, não vai viver
Choveu ontem, chove hoje
Se molhou, não deu pra ver
Morreu ontem, morreu hoje
Se viveu, não deu pra ver
Pois é muito violento o progresso
E o concreto só me faz querer gritar
Na vila o castigo é sem dó
E se nos pega só
Pá! Pá! Pá!
Hoje chove em Pirituba
E só da merda na TV
Hoje morre em Pirituba
E quando vive é pra fude
Hoje o corre é em Pirituba
E toda zica é pra morrer
Hoje chove em Pirituba
E só da merda na TV!
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6. |
Tietê - Live
04:02
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Tietê…
Ai, como eu queria ir nadar no Tietê
Mas que belo dia, mergulhar, sobreviver
Parar na marginal, não ser fatal
E nem enlouquecer
Tietê…
Se desesperar
Com a chuva a chegar
E o vento a soprar nossas coisas no rio
Que segue
Vivo e suave
Sempre dançando aurora
Como já foi outrora
Se entregando à flora
Que o segue ao Paraná
Ah… Tietê…
Tietê…
Ai, como eu queria ir nadar no Tietê
Mas que belo dia, mergulhar, sobreviver
Parar na marginal, não ser fatal
Admirar meu Tietê...
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Leo Fazio São Paulo, Brazil
Described by NPR Music as a musician that makes "brilliant experimental sounds, with a knack for pushing the envelope on eccentric and electrifying spins of traditional Brazilian music", Leo Fazio (São Paulo, 1992) is a non-binary artist who works across a broad spectrum of experimental music idioms. Their first record was described as a modern classic by the portuguese newspaper Jornal Público. ... more
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